domingo, 30 de setembro de 2012

Como se sentir idiota em 2 palitos

Estou me sentindo assim, meio que "apaixonada". E eu também achei que minha fase de idiotice tinha passado. Na verdade, estar apaixonada não é idiotice. Idiotice é se apaixonar por uma idealização da qual você não tem garantia alguma da veracidade. 

Eu, mundo das princesas Disney, ainda tenho aquela sensação (boa sensação aliás) de que um dia eu vou olhar pra um cara e ele vai olhar pra mim e pensar: "Bacana! Quero conhecer essa pessoa melhor." E o papo vai fluir, e vão rolar as identificações e etc. e tal. Não estou falando de amor a primeira vista. Nem de um pedido de casamento em 3 dias. Mesmo porque não gosto de grude e nem mesmo declarações apaixonadas de quem nem o endereço eu sei direito. Eu to falando de interesse recíproco. Que pode até dar em nada. Mas foi recíproco. 

Só que eu vivo numa "caçada" engraçada. Sou um rato perseguindo um queijo e sendo perseguida por um gato. Sempre tem alguém me olhando, mas eu to sempre olhando pra outro, que porventura, não me olha. Ou olha pro passado. Pra ex-namorada, aliás, primeira namorada, que foi perfeitinha, que conhece todos os gostos, que foi o primeiro amor, que se parecem em tudo e nhenhenhe. Eu também já tive um primeiro amor. E um segundo. E todos eles precisaram embora. E por mais que eu quisesse me manter na zona de conforto, saquei rapidinho que, ou deixava pra trás, ou eu não ia pra frente. 

E pra frente é o lugar onde quero ir. 

Não sei. Acho que existe uma razão muito boa para não podermos voltar ao passado. As coisas que se foram, foram. E por mais que a gente fantasie que agora as coisas poderiam ser diferentes, dificilmente o seriam. Ah, mas as pessoas mudam, alguns poderão dizer. Sim, e por isso mesmo, por essa mudança, que garanto: o passado deve ficar no passado. Porque junto com a evolução das pessoas, vem uma evolução da vida. E o choque de não reconhecer mais a pessoa que um dia se amou pode ser maior do que as boas memórias que guardamos dessa pessoa. As pessoas são sempre melhores nas lembranças.


E saudade é uma coisa que só existe porque no nosso imaginário a gente insiste em acreditar que as coisas eram melhores do que realmente foram. É a falta, a ausência que nos faz acreditar que tudo poderia ser bom de novo. E sinceramente, todas as vezes que voltei ao passado, entendi porque deixei essas coisas por lá. 

Daí que a pessoa prefere viver assombrada pelos fantasmas. Poxa! Deixe as assombrações partirem. Deixe que eles encontram o caminho da luz! Rsrs. Eu não vejo muito futuro pra quem vive com o olhar preso no passado.

Sei que estou falando tudo isso porque eu sou é uma baita de uma despeitada. Porque dói pra burro pensar que essa menina sortuda tem o amor desse cara. E que ele não consegue esquecê-la. E mesmo ele dizendo que no fim era tudo uma droga, ele ainda pensa nela, e em como tudo foi maravilhoso. Eu sinto inveja. Sinto mesmo, sem medo de admitir. E queria muito, muitoooooo mesmo que ele finalizasse essa etapa da vida. Que se convencesse, como eu me convenci, que sim, foi bom enquanto durou, mas que agora a vida continua e reserva coisas e pessoas novas pra ele. 

Não sei nem se a gente um dia poderia dar certo. Mas o fato de ser barrada sem nem mesmo ter uma chance de tentar vira meio que um desafio. "Vou mostrar pra esse cara que eu também posso ser boa." Será que posso? Será que quero? Não é uma competição. É uma constatação. Da pessoa com ela mesma. "Vou me dar uma chance de tentar ser feliz com outra pessoa. Vai que eu me surpreendo." Mas se não rola, não rola. E dai que eu tento me convencer de que não era pra mim mesmo. Ou que eu sou forte, me recupero rápido e que muitos como ele virão. Será que virão? 


E então, talvez, também esteja na hora de deixar esse queijo pra lá e dar um abraço no gato? 

Andando pelas bizarrices do facebook, encontrei uma comunidade bem tontinha, mas que tinha um texto, que olha, parecia escrito pra mim e por mim. É mais ou menos isso que sinto no momento. E que torço pra passar tão rápido como veio.

"Queria ter te conhecido antes, muito antes, para que nenhum de nós dois tivesse medos ou cicatrizes. Queria ter estado com você quando seu coração descobriu o que era amor, quando seu corpo descobriu o que era desejo, e antes que pudesse sofrer eu estaria do seu lado te amando e me entregando, e juntos poder ter aprendido as lições da vida e do coração. Queria ter te conhecido quando suas esperanças começaram a nascer, quando seus sonhos ainda eram puros e seus ideais ainda ingênuos. Pena termos nos encontrado só agora, já com o coração viciado em outros amores, com uma imagem meio falsa do que é felicidade, do que é se entregar. Queria ter te encontrado numa nova vida, num outro tempo, em que não precisássemos temer o nosso futuro, nem nossos sentimentos."